Aberta a 59° Assembleia Geral da CNBB com a Etapa Virtual.
Dom Paulo Roberto escreve sobre o primeiro dia da 59°Assembleia.
Está acontecendo a 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil – CNBB, em modalidade virtual, primeira parte, até o dia 29 de
abril. A segunda parte será realizada de modo presencial, durante os dias 29 de
agosto a 2 de setembro, em Aparecida. Segue uma breve exposição dos
assuntos tratados no dia 25.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente
da CNBB acolheu e saudou a todos os membros participantes, cardeais, bispos,
assessores, equipes de trabalhos. Com o canto “Veni, creátor Spíritus“,
pediu-se a luz e a unção do Divino Espírito Santo. É preciso uma abertura
a sua ação na simplicidade do coração, com perseverança ao Senhor, sem trocá-lo
por coisa alguma.
Após a recitação da Hora Media, Dom Joel Portela Amado, bispo Auxiliar
de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, apresentou a
ordem do dia, orientações sobre a Assembleia, as comissões dos trabalhos, a
pauta com os assuntos, desde o Tema Geral: Igreja Sinodal, comunhão,
participação e missão, como os temas prioritários e diversos.
A seguir, dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico, apresentou as
saudações do Papa Francisco a nossa Conferência, suas preocupações com as
questões atuais no mundo e no Brasil.
Dom Walmor agradeceu as palavras de incentivo e comunhão do senhor
Núncio, e já iniciou a apresentação do relatório das diversas atividades
realizadas no último ano, distribuídas em três campos de ação: Gestão eclesial,
pastoral e formação integral, Comunicação estratégica e Relação e diálogos.
Entre os vários destaques, uma ênfase particular foi dada às Diretrizes Gerais
da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, na sua dinamização. “Para o
quadriênio 2019-2023, as Diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da
Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária, apresentada com a imagem da
“casa”, “construção de Deus” (1 Cor 3,9).
Foi elaborada por uma equipe uma mensagem ao Santo Padre, o Papa
Francisco, com as devidas intervenções, correções e sugestões. Ainda será
aprovada durante a Assembleia.
Dom Jaime Spengler, primeiro vice-presidente, encaminhou a apresentação
da Análise de Conjuntura Social, “Os clamores do meu povo – a realidade
brasileira de 2022. Em sintonia com a análise, foi feita uma reflexão:
Comunicação neste tempo de eleições, pelo professor Venício de Lima. Estamos
vivendo um momento crucial na história democrática de nosso país. As palavras
do Papa Francisco são sempre atuais, de que a política é um exercício profundo
de caridade, e deve se comprometer com os mais pobres.
No período da tarde, dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília,
apresentou a Análise de Conjuntura Eclesial, tratando do Documento de
Aparecida, 15 anos depois: contribuições, perspectivas e desafios. A sua fala
centrou-se na acolhida do documento pelas Diretrizes Gerais da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil. “Hoje, mais do que nunca, o testemunho eclesial
e de santidade são uma urgência pastoral” (DAp, 368).
Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba, apresentou em síntese o
conteúdo do Documento de Estudos 114, da CNBB, “E a Palavra habitou entre nós”
(Jo 1,14): Animação Bíblica da Pastoral a partir das Comunidades Eclesiais
Missionárias. Nunca devemos esquecer que as Sagradas Escrituras são a alma da
evangelização.
Foi elaborada por uma equipe uma mensagem ao Prefeito da Congregação
para os Bispos, o Cardeal Marc Ouellet, com sugestões de emendas e acréscimos.
Dom Walmor encerrou os trabalhos do dia, agradecendo a Deus.
A Assembleia é uma oportunidade de intensificar a comunhão entre os bispos, as Igrejas particulares e os diversos organismos que compõem a CNBB, no diálogo e aprofundamento do afeto colegial.
Dom Paulo Roberto Beloto, Bispo Diocesano.