Os dogmas na Igreja são verdades incontestáveis da fé, e, para tanto, todo católico é chamado a uma adesão plena. Neste sentido, o catecismo ressalta que “os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro. Por outro lado, se a nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé” (n. 89). Destarte, buscar-se, durante estas próximas semanas, refletir acerca dos quatro dogmas marianos.

Em se tratando da virgindade perpétua de Nossa Senhora, a priori, deve-se destacar que houve pouca oposição ao longo da história da Igreja. O próprio Evangelho salienta que “no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava Jose” (cf. S. Lucas 1, 27). Não obstante, os próprios Padres da Igreja atestavam categoricamente esta verdade, salientando que não há outro filho além de Jesus. O próprio Santo Ambrósio, Padre Latino, comentando esta verdade dizia que Maria prefigurava a Igreja imaculada, mas casada com o fiel Esposo.  De fato, a experiência virginal de Maria demonstra que Ela, desde o princípio, fora consagrada inteiramente a serviço de Deus, e, mais do que isso, de modo perfeito, aderiu Sua vontade.

Poder-se-ia questionar: hodiernamente, qual o significado desta verdade de fé na vida do cristão?

Em uma sociedade marcada pelo hedonismo, a virgindade perpétua de Maria recorda-nos a importância de uma vida íntegra, firmada em valores inalienáveis. Ademais, retifica que semelhante à vida de Maria, a Igreja fundada por Nosso Senhor, nasceu e permanece imaculada, pura e realizando sua missão. Assim, faz-se necessário, com constância, na dinâmica da fé, perseverar nesta longa estrada, rumo à eternidade. Afinal, na singeleza da vida, busca-se imitar os exemplos sublimes desta grande Mãe.